sábado, 18 de março de 2017

Campanha 16 000 vozes contra eutanásia na Nova Zelândia



Isacc, fala sobre a doença do seu irmão Ruben. Um verdadeiro testemunho de amor familiar que tanta falta faz na sociedade contemporânea. Um video da campanha 16 000 vozes contra a eutanásia a decorrer na Nova Zelândia. Uma boa inspiração para compreender a vida das famílias com doentes e  casos de vida mais vulneráveis. Vale a pena ver com atenção.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Humanizar a sociedade no fim de vida


Para alargar o debate sobre a eutanásia à sociedade civil decorreu, ontem, o I Encontro do STOP eutanásia com jornalistas, num Hotel em Lisboa, com a participação de apoiantes deste Movimento.
Uma oportunidade para refletir sobre o acto da eutanásia e morte assistida e as suas implicações na sociedade, com a participação de vários oradores do Direito à Medicina. O Dr. Francisco Mendes Correia, advogado apresentou o tema:  Estado pode reconhecer que certas pessoas não merecem viver? Mendes Correia analisou os dois projetos de lei do Bloco de Esquerda e do PAN que propõem legalizar a eutanásia. O advogado afirmou que em comum as propostas têm a «fundamentação no direito de autonomia e autodeterminação segundo a qual cada um é o melhor árbitro e juiz para determinar se a sua vida merece ser vivida».
Mas no entender do advogado há uma contradição: «Se o universo de titulares deveria ser todas as pessoas que podem exercer a autodeterminação, os autores destes projetos estão a dizer que a eutanásia é um direito constitucional escondido e que estamos a esclarecer, mas por outro lado estão a destiná-lo a um só leque de pessoas». O advogado considerou que «reconhecer o direito à morte é dizer que aquela vida já não merece ser vivida, é dizer juridicamente que aquela pessoa não merece viver. O Estado reconhece que há certas pessoas que já não merecem viver. É o limite da ditadura».
O Eng Francisco Vilhena da Cunha, falou das consequências dramáticas da eutanásia nos países onde é legalizada: Na Holanda «a eutanásia triplicou desde que a lei está plenamente em vigor. Há um aumento da incidência da eutanásia no total de mortes. A eutanásia e o suicídio assistido estão a avançar nas causas de morte». Além disso, o engenheiro aeroespacial afirma que há casos noticiados de «pessoas eutanásias sem consentimento expresso ou por doenças psiquiátricas. Em 2015, 165 pessoas foram eutanasiadas por este motivo. Na Bélgica, Francisco Vilhena da Cunha alertou para um aumento de cinco vezes em 10 anos.
O Prof. Dr. Germano de Sousa, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, e durante 9 anos como Conselheiro da Academia para as Ciências da Vida, falou de deontologia e ética na medicina: manifestou-se contra a eutanásia, o suicídio assistido e a distanásia «não por razões religiosas ou teológicas, mas éticas». Acrescentou ainda: «Nos nossos princípios médicos e deontológicos há um que é não infligir mal a ninguém… Temos o dever ético e não podemos administrar, prescrever a morte a ninguém mesmo com o princípio da compaixão».
O testemunho do Eng Fernando Costa, um momento marcante para todos nós,  alguém que esteve hospitalizado um ano, partilhou como avalia um cuidador e que virtudes de humildade  devemos todos ter. A Enfermeira Ana Sofia Santos deu o seu testemunho como especialista em Cuidados Paliativos há 9 anos, numa Unidade de Saúde Privada: «O meu dia a dia é ter pessoas que querem morrer e depois já não querem. Quando alguém chega à unidade e pede a eutanásia o que se deve fazer?" A enfermeira explica que o prioritário é acabar com a dor física. Depois «tentar compreender o que está na base desse pedido. Então o que é que se passa? Muitas vezes não tem dor física. Que meio envolvente temos? Que situação existe? É necessário conhecer o que vem por trás, “eu preciso de ajuda, preciso que me escutem e que me ajudem a viver da melhor forma possível”.
Em jeito de conclusão desta sessão para jornalistas foi apresentado um guia de 10 IDEIAS SOLIDÁRIAS, que tem como objectivo despertar e inspirar todos, e cada um, a perguntarem o que podem fazer no aqui e agora. Um desafio ao compromisso pessoal numa tomada de consciência que leva a trabalhar concretamente, de forma simples e possível, na construção de um mundo cada vez mais humano.
Redacção STOP eutanásia

terça-feira, 14 de março de 2017

Continua a discussão da morte assistida em Inglaterra

Continua o debate parlamentar no Reino Unido sobre a morte assistida, apesar da consideração pelo Parlamento Inglês, em 2015,  em não legislar esta matéria. Agora um número significativo de deputados da Câmara dos Lords manifestaram o seu desejo de intervir sobre este debate a 6 de Março deste ano. 
Leia as intervenções mais pertinentes neste documento. Antes do debate de 6 de março de 2017, foi publicado um relatório da Câmara dos Lordes que estabelecia a lei no Canadá e alguns estados nos Estados Unidos. Também fornecia uma visão geral da lei como está atualmente na Inglaterra e País de Gales, bem como um breve histórico jurídico das mudanças e tentativas de alterá-lo. Para saber mais sobre esta noticia aqui.

I Encontro STOP eutanásia para Jornalistas






Morte Assistida? Do Direito à Prática dos Cuidados Paliativos


O Movimento Cívico STOP eutanásia promove no dia 16 de Março, quinta-feira, às 10h00, o I Encontro STOP eutanásia para Jornalistas, que decorrerá no Hotel Sana Rex, Rua Castilho, nº 169, na sala panorâmica.

PROGRAMA

10h00 Abertura

10h05 Pode o Estado renunciar a proteger a pessoa doente? Uma leitura das propostas de eutanásia do BE e do PAN.
Francisco Mendes Correia, Advogado

10h20 Cuidados Paliativos, que respostas na Europa e no Mundo?
Francisco Vilhena da Cunha, Membro Consultivo do Movimento Cívico STOP eutanásia

10h35 Morte assistida? Questões Deontológicas da Medicina.
Germano de Sousa, Patologista Clínico.

10h50 Apresentação da Iniciativa STOP Eutanásia
«10 IDEIAS SOLIDÁRIAS»

11hTestemunhos
Abertura do debate aos jornalistas.

Agradecemos a confirmação da sua presença para o mail stopeutanasia@gmail.com
ou para Tlm: 96 133 21 84



segunda-feira, 13 de março de 2017

Musical sobre suicídio assistido em Londres


Em Janeiro deste ano estreou em Londres, um musical chamado: "Assisted Suicide: The Musical" (Suicídio Assistido- o musical ). O espectáculo tem vindo a  receber  elogios e ovações  de pé, apesar do  tema ser tão dramático. 
Por isso, antes de assumir que é crítico da perspectiva pró-vida, saiba que a criadora do musical - Liz Carr - é uma mulher que sofre de uma doença genética que a impede de se mexer, pois é uma doença que ataca os  músculos, bem como provoca  outras limitações. Mas apesar desses problemas físicos, ela sente-se tão frustrada com a atitude agressiva da cultura que promove o suicídio assistido, que decidiu escrever um musical para oferecer uma outra perspectiva.
Entrevistada pelo Wall Street Journal, Liz Carr ridicularizou todos os clichês que podemos encontrar em filmes e  documentários típicos que promovem a agenda do suicídio assistido: "A música é sempre usada de maneira muito manipuladora.  A música alimenta o nosso estado  emocional.  E pode dizer-lhe:  'Isto é uma tragédia e tem um caminho a optar: O objetivo é normalizar uma escolha que era impensável há uma geração, com o resultado que leva as   a concluir:" Sabe, minha vida não vale a pena viver ".
Assim, em vez de organizar  um debate, escrever um artigo, ou participar numa conferência, ela decidiu criar um musical onde expõe  a hipocrisia e a  tragédia do movimento a favor  de suicídio assistido. Ela contraria  a ideia  de "morte com dignidade", porque nada tem a ver com dignidade.
Para ler o artigo no original clique aqui.